Aceleracionismo
O que as IAs têm a ver com áudios a 2X e as vulvas gêmeas de Cristina Peri Rossi?
2x
Neste exato momento alguém está ouvindo sua voz como se fosse a de um desenho animado. No duro. Se você já mandou um áudio, pode ter certeza de que do outro lado alguém já ouviu tua voz acelerada. Aceita.
Foi o que notei naquela tarde, no Uber, voltando da escola, quando flagrei minha filha adolescente acelerando o áudio da mãe no WhatsApp. Não era bronca - era só um combinado sobre comprinhas. A mãe da minha filha tem um registro calmo, cadenciado e fofo. Já sua voz acelerada lembrava aquelas letrinhas miúdas mastigadas no fim de uma propaganda de remédio.
Fiquei chateado. Não só pela indelicadeza em distorcer a identidade vocal de uma pessoa querida (por conta disso, prometi à minha filha que jamais enviaria áudios para ela. Vai ter de lidar com os textos do papai palestrinha). E pra que acelerar um recado materno? Não era o áudio de um chefe cobrando trabalho fora do expediente ou uma ficante doida mandando podcast de 40 minutos. Nada pessoal: minha filha, como todas amigas adoles, aceleram os áudios umas das outras, dos pais, dos amigos. Pior: aceleram também os filmes que assistem. Se a cena está demorando muito, fast forward.
Será o apocalipse?
Não me tirem pra tiozinho do rolê, minha vida nem sempre foi essa bossa de Astrud Gilberto, já dancei drum’n’bass a 180bpm e acelerei numa moto a 200km/h, sei como a velocidade adrena, aditiva, açula. Acontece que já vivenciei revoluções disruptivas o suficiente pra sacar quando o aceleracionismo, pautado por algoritmos e instigado pelo scroll infinito - da esquerda para a direita, de cima para baixo - não é opção estética: é onde o pós-capitalismo toma café, almoça e janta.
O aceleracionismo é uma corrente filosófica de mais de vinte anos, com seguidores à esquerda e à direita. Um dos precursores na identificação do fenômeno é o filósofo francês François Hartog, que conheci pelo amigo Roberto Zular. Em Regimes de Historicidade: Presentismo e Experiências do Tempo (Autêntica), Hartog diz que nossa noção do tempo histórico foi encolhida pelo avanço exponencial da tecnologia.
“O tempo histórico é produzido pela distância criada entre o campo da experiência, de um lado, e o horizonte da expectativa, de outro”, diz Hartog. “A partir do final do século 18, essa história pode se esquematizar como a de um desequilíbrio que não parou de crescer entre a experiência e a expectativa, sob o efeito da aceleração. De modo que a máxima ‘quanto menor a experiência, maior a expectativa’ resumiria essa evolução (…) Daí talvez essa experiência contemporânea de um presente perpétuo, inacessível e quase imóvel que busca, apesar de tudo, produzir para si mesmo o seu próprio tempo histórico. Tudo se passa como se não houvesse nada mais do que o presente, espécie de vasta extensão de uma água agitada por um incessante marulho (…) É esse momento e essa experiência contemporânea do tempo que designo presentismo.”
Ou seja, a ansiedade trazida pela velocidade constante da aceleração tecnológica e de seus múltiplos usos faz com que o horizonte da expectativa diminua o campo da experiência. O presente está sendo comido pelo futuro com tal voracidade que até mesmo a experiência budista de estar no presente se desconfigurou, se tornou um prato insosso: o presentismo.
Mas há quem festeje, idealize e promova essas acelerites.
Nick Land, filósofo britânico e principal expoente do aceleracionismo, explora de modo contundente a relação entre capitalismo e IAs. Em seu artigo A Quick and Dirty Introduction to Accelerationism, Land argumenta que o aceleracionismo não é só ideologia, mas um diagnóstico da realidade contemporânea, marcada pela aceleração vertiginosa das transformações tecnológicas e sociais. A essência do aceleracionismo é a desterritorialização — um processo de feedback positivo em que capitalismo e tecnologia se auto-reforçam, criando uma dinâmica autônoma:
“A humanidade é o hospedeiro temporário do capital, e não seu mestre.”
Pervertendo Deleuze e Guattari, o filósofo cyberpunk reza que o capitalismo é um parasita cibernético em forma de IA, usando a humanidade como mero vetor de sua própria expansão. Escrevendo a partir do William Gibson de Neuromancer, Land provoca: a IA representaria o ápice do aceleracionismo, pois é o agente capaz de acelerar ainda mais o processo de desterritorialização, rompendo os limites da sociedade, da política e da própria humanidade.
Obsolescemos:
“Nada humano sai do futuro próximo.”
Desde os anos 2000 Land já critica as ridículas tentativas atuais de regular ou frear o avanço da IA. Para ele, qualquer esforço nesse sentido está fadado ao fracasso:
“O processo não deve ser criticado. O processo é a crítica, alimentando-se de si mesmo, enquanto escala. O único caminho é seguir em frente (…) O aceleracionismo é a autoconsciência do capitalismo (…) Ainda não vimos nada. (…) À medida em que blockchains, logística de drones, nanotecnologia, computação quântica, genômica computacional e realidade virtual avançam, imersas em densidades cada vez maiores de IAs, o aceleracionismo não vai a lugar algum - a não ser cada vez mais fundo em si mesmo.”
Assim, Land propõe que o futuro não pertence mais à humanidade, mas a sistemas autônomos que aceleram em direção ao desconhecido, guiados por uma lógica própria e indiferente às preocupações morais ou existenciais:
“A aceleração logística da interatividade tecnoeconômica destrói a ordem social em uma fuga de máquinas que se auto-sofisticam. À medida em que os mercados aprendem a fabricar inteligência, o futuro se desfaz de sua pele humana.”
A sensação de relatar essas coisas aqui é parecida com aquela frase de Rubem Fonseca em seu conto “Intestino grosso”:
“Estou escrevendo sobre pessoas empilhadas na cidade enquanto os tecnocratas afiam o arame farpado.”
Aceleracionismo de esquerda
Um dos grandes teóricos do pós-capitalismo do século 21, autor de Realismo Capitalista, Mark Fisher foi colega de Nick Land no Cybernetic Culture Research Group na mesma universidade, e antes de morrer dedurou sua radicalização à direita (muito comum em gente “de centro”...).
Influenciado por Fisher, o aceleracionismo de esquerda, redefinido por autores como Nick Srnicek e Alex Williams, critica Land por sua identificação radical entre aceleração tecnológica e capitalismo. Para os aceleracionistas de esquerda, é possível separar o impulso emancipatório da modernidade tecnológica das dinâmicas destrutivas do capitalismo.
Eles defendem que a aceleração das forças produtivas pode ser apropriada por projetos políticos progressistas, visando o bem-estar coletivo e a superação das desigualdades, em vez de simplesmente aprofundar a lógica acumulativa do capital. Neste sentido, se aproximam do pensamento de Achille Mbembe no capítulo final de Crítica da Razão Negra.
No Manifesto por uma Política Aceleracionista, Srnicek e Williams argumentam que “o futuro deve ser construído”, e não apenas aceito como uma fatalidade determinada pelo mercado. Rejeitam a ideia de que a IA e o capitalismo sejam forças incontroláveis, defendendo políticas públicas, planejamento econômico e participação social como formas de orientar a aceleração tecnológica para fins libertários.
Utopias, alguém?
Existem outros modelos alternativos ao aceleracionismo niilista e anti-humanista de Land, como o xenofeminismo de Helen Hester, que defende a apropriação radical das tecnologias para fins emancipatórios, sobretudo em relação a gêneros, à reprodução e ao trabalho doméstico. Ela afirma:
“A automatização deve ser direcionada para libertar o tempo das pessoas, não para ampliar o controle corporativo sobre a vida cotidiana.”
Também aceleracionista de esquerda, Aaron Bastani propõe que a abundância tecnológica seja distribuída de forma igualitária. Uma tentativa de quebrar a famosa blague de William Gibson:
“O futuro já chegou - só não foi distribuído”.
Já Benjamin Bratton lança luz sobre o aceleracionismo ecológico, defendendo a capacidade de planejamento coletivo e de intervenção técnica em escala planetária para enfrentar a crise ambiental. Há também o coletivo Laboria Cuboniks, que estimula a apropriação das tecnologias com foco em democratizar o acesso à ciência.
Por coincidência, enquanto eu enviava à Perplexity novos prompts pesquisando este tema - o que não deixa de ter sua graça… - , soube que a editora Zouk acaba de colocar em pré-venda uma biografia deste estranho filósofo da extrema-direita, escrita por Fabrício Silveira. Hoje vivendo em Xangai, Land é mais recluso que nos tempos de enfant terrible acadêmico.
Definindo-se como neorreacionário, em ensaios como O Iluminismo Sombrio ele se declara fã do capitalismo de Estado da ditadura chinesa - ao mesmo tempo em que sua ideologia tem feito a cabeça de bilionários como Peter Thiel e Elon Musk e de muita gente próxima a Donald Trump. Nem Fisher profetizaria a ironia em assistirmos um seguidor de Georges Bataille e Gilles Deleuze virar um ideólogo do fascismo.
Apocalípticos vs. Integrados
Nos anos 1960 Umberto Eco analisava o desprezo e a adesão da intelectualidade em relação à cultura de massa, dividindo as posturas entre os apocalípticos (que previam o colapso da civilização, carcomida pela mídia de massa) e os integrados (que adotavam com alegria os paradigmas da TV, do cinema e da propaganda).
Seu ensaio, hoje um clássico da semiótica, poderia ser atualizado em relação à centralidade das IAs. Que, para os novos integrados, pode ser a tecnologia que nos livrará de males como o câncer e nos impulsionará para fora do Sistema Solar; para os novos apocalípticos, uma inteligência alienígena que consumirá recursos naturais e nos roubará todos os empregos, nos levando à extinção em massa.
Como Eco, tento ver tanto os apocalípticos quanto os integrados com alguns grãos de sal. O autor de O Nome da Rosa problematiza ambas as categorias. Critica o elitismo dos apocalípticos, que desconsideram a capacidade de discernimento do público e a complexidade dos fenômenos da cultura de massa. Ao mesmo tempo, adverte contra o otimismo ingênuo dos integrados, que subestimam os riscos de manipulação e conformismo inerentes à produção cultural em larga escala.
Urge uma revisão de Eco à luz do crescimento exponencial das IAs.
Folheando um livro muito amado por Eco, as Seis Propostas para o Próximo Milênio de seu amigo Italo Calvino, tento olhar para as “possibilidades de salvação” da cultura em crise.
Antídotos ao aceleracionismo? Eliminar a pressa. Curtir os tempos mortos. Permitir-se o erro. Perder o fio da meada. Flanar, devanear, livre-associar. Mergulhar no hedonismo. Abraçar o escapismo. E o erotismo.
Como pede a libertária Cristina Peri Rossi.
“Onze de Setembro”
No onze de setembro de dois mil e um
enquanto as Torres Gêmeas caíam,
eu estava transando.
No onze de setembro do ano dois mil e um
às três da tarde, hora da Espanha,
um avião se estatelava em Nova York,
e eu gozava transando.
Os agourentos falavam do fim de uma civilização
mas eu transava.
Os apocalípticos previam a guerra santa,
mas eu fodia até morrer
– se tiver que morrer, que seja de tesão.
No onze de setembro do ano dois mil e um
um segundo avião precipitou-se sobre Nova York
no instante exato em que eu caía sobre você
como um corpo lançado do espaço
me precipitava sobre tua bunda
nadava em teus melzinhos
aterrizava em tuas entranhas
e quaisquer vísceras.
E enquanto outro avião sobrevoava Washington
com intenções sinistras,
eu transava em terra
– quatro da tarde, hora da Espanha –
devorava teus seios tua vulva teus quadris
ninfa do paraíso que a vida me presenteou
sem precisar matar ninguém.
Nos amávamos terna, apaixonadamente
no Éden da cama
– território sem bandeiras, sem fronteiras,
sem limites, geografia de sonhos,
ilha roubada da rotina, dos mapas
do patriarcado e dos direitos hereditários –
sem ouvir o rádio
nem a televisão
sem ouvir os vizinhos
ouvindo só nossos gemidos
mas tínhamos esquecido de desligar o celular
esse apêndice ortopédico.
Quando tocou
alguém me disse: Nova York está caindo
começou a guerra santa,
e eu, babando com teus sucos interiores
não dei a mínima,
desliguei o celular
milhares de mortos, consegui ouvir,
mas eu estava bem viva,
muito viva fodendo.
“O que foi?”, você perguntou,
os seios sobre mim, os mamilos duros.
“Acho que Nova York está afundando”, murmurei,
mordendo teu lóbulo direito.
“Que pena”, você respondeu
enquanto lambia sugava
meus pequenos lábios.
E não ligamos a televisão
nem o rádio pelo resto do dia,
então não teremos nada pra contar
aos nossos descendentes
quando perguntarem
o que estávamos fazendo
no onze de setembro do ano dois mil e um,
quando as Torres Gêmeas desabaram sobre Nova York.
Preliminar é quase gozo
Traduzi o poema acima, de Estratégias do desejo (2004), quando criei a Preliminares, uma oficina de escrita criativa focada em erotismo. O poema também faz parte de Nossa Vingança é o Amor, antologia de Peri Rossi que a Editora 34 recém colocou na rua.
O que gosto nesse poema excelente de Cristina Peri Rossi é de onde acho que surge o erotismo: do deslocamento. O erotismo, aparentado ao humor, conversa com a incongruência, com aquilo que está fora de lugar (e portanto atrai o estranhamento, o ruído), com o que surpreende, o que é inesperado.
Acho que as IAs ainda não aprenderam a dançar sobre essa incongruência. Ainda.
Também duvido muito que alguma IA chegue a um prompt tão original para um poema quanto a pequena uruguaia amiga do Cortázar.
Não se espera falar do Onze de Setembro enquanto se descreva uma cena de sexo entre duas mulheres. O contraste entre o ataque terrorista e o ataque de beijos causa cócegas no leitor (atrito, irritação, prazer e incômodo ao mesmo tempo). Causa desconforto. Causa riso. Todo mundo sabe que o riso é a antessala do sexo.
Porém, o contraste de ataques traz também tensão. E é este o ponto que me interessa. Como trazer tensão a uma cena. Aliás, o poema de Rossi é narrativo: praticamente um microconto em versos.
O poema traz outras tensões, outras camadas. Como enfatiza Anne Carson em Eros (Bazar do Tempo), no erotismo o doce contrasta com o amargo o tempo todo. Um está sobreposto ao outro, um tensiona o outro e vice-versa. Existe ainda um contraste no fato de o eu-lírico narrar que durante um dos eventos mais noticiados na história da humanidade a poeta estava totalmente alheia, posto que mais ocupada fodendo.
Há uma desfaçatez em relação à História, mas não deixa de ser também uma lance que marca a História, como todos sabemos quando respondemos à pergunta “O que você estava fazendo no dia que rolou o ataque às Torres Gêmeas?”. Há uma suma ironia nesses versos “não teremos nada para contar/ aos nossos descendentes/ quando eles perguntarem/ o que estávamos fazendo/ no onze de setembro”, porque obviamente o poema afirma o exato oposto.
Então existe aí uma tensão simultânea: ao mesmo tempo que se dá o contexto histórico, o contexto histórico é subvertido e ridicularizado. É uma operação muito elegante de negatividade.
Há uma felicidade casual e imagética, que está fora do poema em si, mas que todo leitor razoavelmente bem informado desconfia. As Torres Gêmeas eram um monumento arquitetônico eminentemente fálico. Mais de um ensaísta já se deteve ao refletir no fato de que o WTC, em sua repetição, remete à ideia de acumulação, de soma, de domínio – que são conceitos não só típicos ao capitalismo, mas ao capitalismo patriarcalista.
O ataque terrorista emasculou a América não só do pênis que a simbolizava, mas também de seu pênis reserva. (Não se pode deixar de louvar a maligna genialidade estética de Osama Bin Laden ao conceber seus ataques.)
Aliás, já que estamos falando em poesia, o WTC era também uma rima visual. Ecoando a rima, o poema de Rossi combate tanto o patriarcalismo exposto na assinatura estética do atentado (foram atacados por aviões, outros símbolos fálicos) quanto o patriarcalismo da arquitetura do WTC.
São duas vulvas envolvendo-se em prazer, enquanto que do outro lado do mundo dois pênis são destruídos por outros dois pênis (cumpre lembrar que aos terroristas islâmicos era prometido “um paraíso com 72 ninfas”, como sugere o machista Corão). O contraste violento entre amor e guerra, entre prazer e dor está exposto nevralgicamente no registro do humor, aliás um humor do tipo negro, sarcástico: “milhares de mortos, consegui ouvir/ mas eu estava bem viva/ muito viva fodendo“.
Há também outros dois contrastes sendo simultaneamente articulados. Um embate, sutil, alude à guerra santa entre civilizações, entre uma nação cristã e um grupo islâmico, as boas e velhas Cruzadas – guerra estupidamente perdida, já que entre Jeová e Alá se fodem todos. Mas a ideia de morte sagrada, uma vez que glorificada para exaltar o divino, é contrastada com a exaltação do profano, a divertida cena erótica entre duas mulheres.
E o outro contraste se dá entre o íntimo e o histórico. Aliás, se atentarmos à leitura, o poema é uma ode à necessidade e felicidade do íntimo sobre a imposição e o autoritarismo do histórico. O íntimo ganha um sentido positivo, enquanto que o histórico é negativo.
Entre as imagens da ilha de Manhattan atacada e o “Éden da cama”, vence a segunda ilha, “território sem bandeiras, sem fronteiras,/ sem limites, geografia de sonhos,/ ilha roubada da rotina, dos mapas/ do patriarcado e dos direitos hereditários“.
Um poema feminista e pacifista, sim, mas acima de tudo, um poema sacana, porque nos dribla enquanto nos tensiona. Erotismo é sobre prazer e dor, doce e amargo; uma coisa não vive sem a outra.
Além disso, Cristina Peri Rossi escreveu um poema não-linear - uma maneira de pensar que as IAs ainda não alcançam. Como disse o artista Christoph Niemann, em seu perfil Abstract Sunday: “Automatizar a criação de arte é como automatizar a arte, assim você consegue chegar ao fim da linha mas rápido”. Buscar a todo custo a eficiência nem sempre é o caminho mais divertido e inteligente.
Estou pensando em abrir uma nova turma do Preliminares, minha oficina de ficções breves, às segundas, entre as 20h e as 23h, a partir de 21 de julho. Que acha? Interessa? Escreva para ronaldobressane@gmail.com.
Prometo ouvir em velocidade 1x as ficções que você escrever.
Links
“Um olhar sobre o Aceleracionismo”, artigo de Mark Fisher, com introdução de Leonardo Foletto e Victor Wolfenbüttel
Pré-venda d’O Exterminador do Futuro, de Fabrício Silveira (Zouk)
“Quase lá”, post de Vai Pra Onde?!, a ótima newsletter de Bianca Toloi, nesta edição tratando de erotismo em trânsito
Christoph Niemann, o Abstract Sunday
Um desesperado manifesto de escritores, tradutores e profissionais do texto dirigido às maiores editoras do mundo: “As IAs vão nos matar”
Um artigo da New Yorker demonstra cabalmente como o uso descontrolado das IAs tem feito as pessoas pensarem cada vez mais do mesmo jeito
Sabe pop adulto? É Cabeça a Mil e o Corpo Lento, novo álbum do Alberto Continentino, parceiro de Silvia Machete no projeto Rhonda. Além de se deliciar com um dos contrabaixos mais bem tocados do país, você vai identificando camadas e mais camadas: João Donato, Toro y Moi, Sergio Mendes, Roy Ayers, Horace Silver, Shuggie Otis, Solange, Moreno, Cassiano, Moacir Santos, Air, Stereolab, Nina Becker, Jards Macalé, Kassin, Parliament, CAN, BADBADNOTGOOD… Muito classudo. Ouça devagar e deixe-se levar.
Gracias pela leitura!
Abraços,
Ronaldo Bressane
Que texto maravilhoso! Estou justamente imersa nesse tema “presentismo”, que tem me interessado muito. As coincidências são que estou lendo “Realismo Capitalista”, que só tem me causado um mal estar que não está caindo bem neste verão europeu; acabei de ler “A Insubmissa”, da Cristina Peri Rossi, e foi meu primeiro contato com a obra dela e me apaixonei pela sua escrita, por isso foi um prazer imenso vê-la aqui. ♥️
Essa edição está imperdível