Higienópolis sob ataque
Uma entrevista com Michel Laub sobre seu romance protagonizado por um judeu bolsonarista em crise + Livros pra driblar o transtorno da autoficção realista
O Leão de Higienópolis
Ainda está bem fresco, ou melhor, podre na memória aquele infame discurso de Bolsonaro na Hebraica carioca, quando, muito à vontade, o ex-presidente exibiu com orgulho toda a sua truculenta estupidez racista perante uma extasiada plateia da comunidade brasileira judaica reacionária. De modo lamentável, comunidade brasileira judaica reacionária tem se tornado quase um pleonasmo, uma vez que medalhões fogem da briga como dibuks do exorcismo, e qualquer crítica nesse sentido é a priori tachada de antissemita. Mas deveria ser óbvio que comunidade brasileira judaica está longe de ser um monolito, e há sim exceções: ainda que nomões da intelectualidade brasileira de ascendência judia prefiram se posicionar politicamente através de manifestos sem assinatura (oi?), há felizmente muitos artistas e intelectuais brasileiros sem medo de dar a cara a tapa quando os temas são o conluio estranho entre setores judaicos e o autoritarismo protestante, bem como o genocídio que Israel pratica na Palestina. Atento ao fenômeno que postou Israel no epicentro da ascensão da extrema direita global e suas ramificações no Brasil, o escritor gaúcho-paulistano Michel Laub não teve medo de caras feias no multifacetado romance Passeio Com o Gigante (Companhia das Letras, 153 págs). Boa leitura - e bom Pessach.
Pra bom entendedor, o protagonista do seu livro é um judeu bolsonarista, embora você não escreva nem o defina assim com todas as letras. Como foi o laboratório de escrita para criar tal personagem? Bastou olhar ao meu redor. Uns anos atrás a aproximação de parte da comunidade judaica com a direita era um tema menos comentado. Depois do bolsonarismo, que veio um pouco depois das redes, com as duas coisas se alimentando mutuamente, as coisas ficaram mais diretas. Tenho amigos de infância, familiares que aderiram a isso. Para mim foi uma coisa dura de ver, e um pouco vem daí o impulso de escrever um livro a respeito, misturando ali sentimentos que são meus – inclusive essa questão da fidelidade ao passado, da dificuldade de romper com aquilo que forma nossa identidade, nossa memória afetiva.
Você se meteu em um vespeiro: investigar a relação sub-reptícia entre segmentos da comunidade judaica e a extrema direita. São raros os autores brasileiros que trilham este caminho. Teme alguma represália? Isso é uma das vantagens de já ser meio veterano. Eventualmente posso ter tido receio, mas aprendi que nunca se deve sucumbir à autocensura. Ou melhor, à autocensura de temas, porque os temas só são algo na literatura a partir do tratamento estético dado a eles. Se o livro for esteticamente rigoroso, ainda acho que é possível falar de qualquer coisa, tentando entender qualquer ponto de vista existente no mundo, por mais hediondo que pareça. Meus livros anteriores têm personagens covardes, machistas, manipuladores, violentos. Não gosto de tudo que escrevi na vida (alguns dos romances acho meio incompletos vistos hoje), mas tenho certeza de que sempre fiz o melhor que pude – trabalhei o quanto consegui, usando para isso meu instinto e repertório de décadas como leitor/escritor. Então, me sinto preparado para lidar com críticas no nível estético, porque o trabalho sério está ali, gostem ou não. Já no nível político eu não tenho controle, então nem faz sentido sofrer por antecipação quanto a isso.
Como recebeu a famosa declaração de Lula comparando o massacre em Gaza ao Holocausto? Acho que foi um erro político evocar essa comparação neste momento. Não há ganho para o governo, e há outros modos de chamar a atenção do mundo para o massacre em Gaza. Chamem de massacre, de genocídio, de crime de guerra, como se quiser, e será verdade sem levantar tanta poeira inútil. Esse debate é uma armadilha que só serve à extrema direita. É ela que samba em cima dessas questões simplistas, como se uma frase dita pelo presidente do Brasil desqualificasse todo um entendimento de que a ação do governo de Israel contra o povo palestino é absurda. Não deveria haver adversativas aí. Israel comete um crime nessa questão, e pronto. Israel é um Estado presente em terras que não são dele na ótica do direito internacional, e pronto. Todas as outras questões envolvidas – assassinatos do Hamas, Holocausto e assim por diante – não relativizam a verdade desses fatos.
Jacob Guinsburg uma vez me contou a piada: onde há dois judeus, há três partidos políticos. A ironia, o contraditório, a nuance, a sutileza e a ambiguidade são técnicas que estruturam seu livro. Mas parece que a atual polarização política não atenta a tais gradações, preferindo o preto-ou-branco. Ficou mais complicado escrever, pensando especificamente a partir de seu lugar de fala? Num nível mercadológico, talvez. No nível individual, da criação, seguimos os mesmos desafios de sempre – tentarmos ser fiéis às nossas verdades, por meio da estética. Se isso só será lido/entendido por meia dúzia, paciência. O Passeio Com o Gigante é meio que uma homenagem, justamente, a esse contraditório judaico. O protagonista é alguém que sempre pregou o contrário disso, ou seja, as certezas, o triunfalismo (até militar), e de repente se vê afundado na velha e boa angústia judaica. Se os temas ali não fossem tão horríveis, diria que o livro poderia até ser lido como piada judaica, do tipo kafkiano.
Seu livro anterior ambienta ironicamente a “solução de dois Estados” no Brasil. Na Palestina, acredita nesta solução? No curto e médio prazo, não. Nisso não sou original. Além de todos os problemas da região, Israel está num contexto maior, sempre esteve, desde a Guerra Fria. O primeiro chefe de Estado a reconhecer a independência em 1948 foi Stálin. Depois Israel passou para a esfera de influência americana, o que é o status até hoje. Por causa disso, não é do interesse do Putin nem da China que a coisa se resolva lá – porque manter a ferida aberta enfraquece os Estados Unidos. Para Putin, além disso, é um desvio de foco para a própria ação imperialista na Ucrânia. Falo isso do contexto geopolítico porque qualquer solução razoável por lá passaria, também, por uma colaboração internacional imensa, um Plano Marshall de muito dinheiro e muita diplomacia por décadas, para que se pudesse enfrentar questões como a da reconstrução da Palestina, a dos refugiados árabes da época da independência de Israel, a de Jerusalém, a do ensino nas escolas e assim por diante. Mas de novo: de nada adianta se contentar com esse pessimismo sabichão da análise de longo prazo. Enquanto não surgem as condições políticas para que algo substancial melhore, dá para ir resolvendo os horrores atuais. Uma etapa de cada vez, sem ingenuidade, com o otimismo da ação. No momento, a prioridade é um cessar fogo que pare com as mortes de civis em Gaza. Depois (ou ao mesmo tempo), tirar Benjamin Netanyahu do poder. E assim a coisa pode começar a andar.
As críticas aos horrores perpetrados pelo atual governo de Israel acabam espalhando-se sobre toda a comunidade judaica - que, sabemos, é heterogênea, há antissionistas, ateus, judeus-árabes etc etc etc. Mas não acha que, justamente para que não ressurja - como tem aparecido aqui e ali… - espectros do antissemitismo, seria importante que mais judeus enviassem uma mensagem forte contra essa guerra, posicionando-se abertamente contra a limpeza étnica e o apartheid, e a favor da autodeterminação palestina? Seria bom mais gente se posicionar contra a guerra e as políticas de Israel por questões humanitárias, de justiça política. Já é o bastante, nem precisaria entrar nessa discussão sobre a imagem dos judeus. O movimento de confundir judeidade com sionismo veio da extrema direita – em tempos mais recentes, o próprio Bibi foi figura importante nesse processo. Ele nasce politicamente como opositor dos acordos de paz dos anos 1990, aliado a radicais religiosos crentes na ideia bíblica da grande Israel. O Davi do livro segue essa linha, e não é a toa que o assassinato do Rabin é citado no Passeio com o Gigante - enquanto eu, como cidadão, tenho certo problema com o conceito generalizante de judeu, de comunidade judaica. Mas achar que isso é responsável pelo antissemitismo pode virar um processo de culpar a vítima. O antissemitismo nunca precisou de pretextos, tanto que fez o que fez na Europa antes da criação de Israel.
Sei que você é um frequentador notório de teatros & teatrinhos. Foi daí que veio a inspiração para o coro acusador? Ou das vozes anônimas que gritam nas redes sociais, tema de outro livro teu, O Tribunal da Quinta-Feira? Sim, sempre tive vontade de escrever para o teatro. Meus primeiros livros tinham zero diálogo direto, era tudo filtrado pelas descrições dos narradores. Isso vinha de uma desconfiança relativa à verossimilhança realista das falas na ficção. Sou da escola David Mamet de dizer o menos possível, como se o personagem estivesse falando com outro personagem (que já sabe da situação), e não com a plateia (que precisa entendê-la). Mas fui afrouxando essa trava ao longo dos anos, para o bem e para o mal, em busca de uma voz mais minha, que não é essa do realismo maravilhoso do Mamet. Meus últimos dois livros têm bastante diálogo direto, mas não tão naturalista. No Solução de Dois Estados, que é composto de diálogos em entrevistas, os personagens estão performando diante de uma câmera – ou seja, aquilo é eles e não é. No Passeio, as falas estão num discurso em cima de um palco (é de improviso, mas meio teatral para manipular as emoções da plateia) ou em conversas com um coro de fantasmas no que pode ser um sonho (ou seja, o registro precisa soar meio esquisito também).
Sem dar spoiler: há uma possibilidade de redenção para seu personagem, ao fim do Passeio. Já havia planejado este plot twist ou surgiu durante a escrita? E: como foi o processo de escrita? Cada um pode ler como quiser, claro. Para mim, tem uma ironia aí. É como se todo o livro se passasse num sonho, ou numa alucinação em que o personagem responde a um tribunal da própria consciência. Então, o debate todo parte dele, porque em algum nível ele se sente culpado pelo que aconteceu, mas não tem coragem/discernimento ainda para mudar de opinião e sustentar a nova opinião em público, por meio de ações. Eu tinha, sim, ideia de escrever sobre essa figura rara ou inexistente hoje: a pessoa que muda de opinião. Vem daí, numa outra ironia, a escolha de um cenário não realista para o livro. Ou seja, mudar de opinião em 2024 talvez só seja possível num sonho dentro de um livro de ficção. Mas poder pensar a respeito já é alguma coisa – uma forma de esperança, afinal.
Argentinos contra o realismo
Eu vi as mentes mais brilhantes da minha geração destruídas pelo realismo, o narcisismo, a autoficção, a falta de imaginação, as redes sociais, as fake news e as imitações baratas dos beatniks. Nada contra a autoficção desbravadora do Outro, como nos belos livros de Rachel Cusk e Annie Ernaux. Me irrita é gente fascinada pelo próprio flunfo (aquela sujeirinha que impregna os umbigos mal lavados) e todas as bactérias que gravitam ao redor: vitimismo, sociologismo, autoajuda, oportunismo, medo de “gatilhos” desestabilizantes, desinteresse na vida alheia e em ultrapassar os limites da zona oeste mental e da linguagem: se quer gastar dez páginas com a limpeza da sua louça, beleza, mas vai ter que trabalhar duro, não é só com detergente, posts no Instagram e puxação de saco de gatekeepers em eventos literários, e sim exercitando todas as mumunhas de que é capaz um Karl Ove Knäusgard.
Como investiga Diana Klinger no obrigatório Escritas de Si, Escritas do Outro (7Letras), um dos mais claros livros acadêmicos sobre a autoficção, falar de si pode ser um pretexto para falar de tudo. Na virada etnográfica, em que o escritor se converte quase em um antropólogo em Marte, a escrita na primeira pessoa do singular pode fugir do transtorno da autoficção realista, por que não, e incluir o fantástico, o surreal e o absurdo - essa trinca tão esnobada pela literatura brasileira contemporânea. Como em Como Me Tornei Freira, de César Aira (Rocco, trad. Angélica Freitas), em que o mais prolífico autor argentino narra sua triste infância - quando tinha de lidar com o pai truculento, que o forçava a tomar sorvete de morango… - até o momento em que se torna uma irmã de Jesus. Por que não?
Aira, que recentemente foi alvo de dois mimos no Brasil - um perfil escrito por Alejandro Chacoff na piauí e uma entrevista hilária tocada por Ruan Gabriel n’O Globo -, é um grande crítico da autoficção, que diz ser “influência do realismo americano”. Em vez de falar de si mesmo, o autor radicado no bairro de Flores - que em breve vai ter editado 16 livros pela Fósforo - prefere até imitar outros autores. Como um compatriota de sua laia, Pablo Katchadjian: “autor genial, faço bem em copiá-lo”, confessa no blurb do romance Uma Oportunidade (trad. Bruno Cobalchini Mattos), recém-publicado pela DBA.
Embora narrado na primeira pessoa, o livro nada tem de autoficcional, e derrapa feio na verossimilhança - essa virtude tão exaltada pelos manuais de roteiro. O narrador afirma ter sido enfeitiçado, não sabe como, e procura ajuda de amigas, que o indicam a bruxas evidentemente picaretas. No entanto, o narrador, que gosta de brincar com a lógica cartesiana - sua escrita labiríntica deve dar enjoo em quem prefere enredos feijão-com-arroz - , se vê às voltas com o paradoxo: como saber se a tentativa de tirar de si o feitiço não estará ela mesma embalada pelo próprio feitiço? Quem manda no enredo, o protagonista ou o feitiço?
Começa que ele se define como policial, depois diz ser um mero segurança, depois desdiz vários fatos que contou, aí de repente se transforma em correspondente da guerra entre os países Dre e Gru, na volta abre um bar e tem a sacada de servir drinques feitos à base de restos de vinhos de bares concorrentes, torna-se um sucesso, descobre que seu feitiço na verdade é uma egrégora de seres malignos que um bruxo mexicano vislumbrou nele… Enfim, é aquele tipo de livro imprevisível cujo rumo desconhecemos. Não é pra isso que serve a literatura, afinal?
Desnorteio é também a sensação predominante em Dengue Boy, de Michel Nieva (Amarcord, selo transgressivo da Record, trad. Joca Reiners Terron). Trata-se de uma weird fiction ambientada no pampa de daqui a 200 anos. Weird fiction é a etiqueta que aproxima a ficção científica do horror gore, com uma visão política muito crítica - basicamente o melhor ramo da ficção especulativa, de Philip K. Dick a Margaret Atwood, passando por Octavia Butler e JG Ballard. Passa longe daquela ficção científica infantiloide, de robozinhos e foguetinhos e viagens espaciais.
Talvez Ballard, aliás, via David Cronemberg, seja a influência mais reconhecível sobre o jovem argentino, professor de literatura em Nova York. Lendo La Infancia del Mundo, impossível não lembrar da fisicalidade central das histórias tanto do autor inglês quanto do cineasta canadense, especialmente nas obras Crash e, óbvio, A Mosca. A premissa, afinal, é o cruzamento interespécies: o protagonista nasce de uma transa casual entre sua mãe indígena e um mosquitão dengoso, ambos vivendo na periferia do Caribe Pampiano. Pois é, o aquecimento global deu ruim, os oceanos aqueceram-se a 90 graus, e o único lugar disponível para a vida humana é a Antártida.
Dividida entre os ricaços que querem explorar os pobres para criar colônias em outros planetas ou inventar resorts no Caribe Antártico, e os miseráveis que não têm dinheiro nem pra comer e se viciam em videogames piratas, a sociedade psicopampiana vive parasitada por doenças tropicais fora de ordem, além do capitalismo colonialista (uma derivação do monopolismo contemporâneo, diga-se). Com humor pantagruélico e linguagem alucinantemente exagerada - não há frase sem no mínimo uns três adjetivos, alguns deles díspares entre si - , Nieva acompanha a odisseia do pobre dengue boy, que, adolescente, ao notar-se sem pinto, como Rogério Skylab, se descobre menina dengue, depois nonada dengue, e enfim nuvem dengue.
Narrando tudo de uma terceira pessoa compassiva, comovente e cheia de comorbidades, Nieva se diverte loucamente com a maluquice que criou (tanto quanto o tradutor Terron, que neste texto leva ao limite o conceito de transcriação ). Como quando Nieva desloca a história para o antagonista do dengue boy, seu colega de escola Dulce, um abusador viciado no game A Conquista do Deserto Espacial: Índios vs. Cristãos. Ao entrar no jogo de realidade virtual, Dulce se transforma em Noah Nuclopio, um trilionário babaca à Elon Musk que é ninguém menos do que o próprio pai da menina mosquita. Quando pai e filha se confrontam dentro do game, é a deixa para que Nieva recrie em registro hard weird o famoso parágrafo multitudinário de Borges em “O Aleph”, unindo presente, passado e futuro. Sem favor nenhum, um dos livros mais estranhos e engraçados que li desde as excentricidades de Kurt Vonnegut.
no começo de abril começa a ser distribuída a MOREL 11, edição Outono. Como você sabe, a revista é impressa on demand e só pode ser adquirida no site da IPSIS. Confira o conteúdo ;)
Entrevista
Vladimir Safatle lança o livro Alfabeto das Colisões e provoca: a esquerda está morta. O campo progressista perdeu sua noção de utopia. Que fazer? O filósofo, escritor e músico é retratado por Ralph Baiker.
Ensaio fotográfico
Bob Wolfenson mostra as imagens de seu próximo livro, Exteriores, clicadas em décadas de andanças pelo mundo. Em diálogo com as fotografias, fragmentos do novíssimo livro do escritor e roteirista Fernando Bonassi, Sociedade Anônima.
Ficção inédita
Um conto psicológico de Natércia Pontes, que este mês relança Copacabana Dreams. A abertura do romance Volta a Quando, de María Elena Morán, demarca as fronteiras tensas entre Venezuela e Brasil Uma ficção perturbadora de Amilcar Bettega sobre um homem que não sabe onde está. Um drama de Ivan Marsiglia encena a ditadura dentro de um quarto de hospital. E Dan, que acaba de lançar Vale o Que Tá Escrito, se imagina sob a pele de Pedro Bial. Tudo ilustrado pelas intrigantes pinturas do artista bósnio Mirza Cizmic, que aborda o tema do estranho familiar.
Quadrinhos
Inspirado em uma narrativa de Mariana Enríquez, grande dama do horror hispânico, Allan Sieber conta, em registro terrir, a fábula de um funkeiro gótico que é consumido por suas fãs apaixonadas. Bruno Maron faz a esquerda morta dançar. E Evandro Alves reinventa o cartum ao tirar poesia do cerrado.
Viagem
A segunda capa da edição é de Marisol Méndez, que lança um olhar surrealista sobre as mulheres dos Andes – suas belas e estranhas imagens são pontuadas pela ficção investigativa da também boliviana Magela Baudoin.
Poesia
Versos inéditos de poetas de três gerações: Claudia Roquette-Pinto, Isadora Krieger e Giovanna Bezerra.
Retrato falado
Adriano Moreira imagina Lima Barreto entrando na Academia Brasileira de Letras.
Ensaio em prosa e imagem
J.R. Duran reflete sobre o mistério que surge depois que suas fotos foram tiradas.
Em 11 números, 200 colaboradores assinaram poemas, ficções, ensaios, reportagens, fotografias, quadrinhos e imagens. Pessoas de todo o Brasil, e também da América Latina e Europa, entre 20 e 85 anos, que inventaram conosco não somente uma original revista de criação, como também produziram um testemunho da nossa época.
Vem aí PRELIMINARES - Lab de Literatura e Erotismo. Minha oficina de escrita criativa erótica online começa em abril. Informações: ronaldobressane@gmail.com.